quarta-feira, 8 de julho de 2020

Como cuidar do que não te pertence?

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"Amor é um sentimento confuso", mas que frase clichê, não é mesmo?
Aliás, alguém já conseguiu definir essa palavra de outra forma? Eu pelo menos, não.
E tudo bem, talvez não seja algo a ser explicado, mas sentido.

E é esse mesmo sentir que tem me feito pirar nos últimos meses, talvez anos, se for analisar o contexto em um todo.
Relações são complicadas e tanto... Pelo menos pra mim em que tudo sempre foi tão mosaico, eu diria.

Mosaico esse que não veio de mim, mas que pertencem e me fazem sentir de dentro, como se de fato me pertencessem, por inteiro.
Não vieram de mim, mas sinto que vieram para mim e esse misto de insegurança, medo, culpa também chegam de mansinho e geram turbilhões. Quem vai cuidar disso?

Como cuidar do que não te pertence? Como saber até onde ir? Como não ser invasiva e egoísta quando o desejo é roubar pra mim e sair correndo?

Não sei confiar no imprevisível, não consigo simplesmente aceitar o que acontece e não me importar, deixar acontecer, enlouqueço.
Eu já passei por isso também, sei o quanto isso machuca, sei o quanto serão afetados.
Me sinto impotente...


Que desafio intenso é esse, de amar o que não é seu e consequentemente não poder fazer nada para mudar isso.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Volte a sonhar, é possível

Quando foi que você deixou de sonhar para viver os sonhos de um patrão ou de uma sociedade que exige tudo de você, mas não te oferece nada em troca?
Os sonhos te foram roubados e você nem percebeu...
Que sonhos? Sonhos estes em que estiveram vivos desde quando você nasceu.

Ser uma cantora famosa, ter um carro de luxo, uma casa enorme!
Você cresce: Ei, você precisa trabalhar mais, Oh, você precisa tirar carta, Hey, você precisa estudar mais, você já pensou no seu futuro? Você sonha demais!
E hoje? Bom, se eu conseguir pagar todas as contas já é suficiente
Mesmo? E vai ser assim? Pra sempre?

Tic tac, acorda, se banha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, talvez estuda, dorme.... E o ciclo se repete, e repete, e repete e repete.
Os sonhos vão por água abaixo, você se torna mais um na multidão de uma cidade cinza de sonhos roubados
Por uma empresa gananciosa, um governo corrupto e manipulador, uma família cultuada neste mesmo ritmo. 
Ninguém pode ousar, ninguém pode sonhar...
Mudar? Só se for pra produzir mais.

A cabeça pesa, a ansiedade bate, e você não vive, apenas sobrevive
Calma! Um dia tudo vai melhorar... 
Fazendo as mesmas coisas todos os dias? Não, jovem...
Escuta, levanta a cabeça, mude a rotina, busque novos caminhos.
Todos ditam a direção, mas onde eles mesmos estão? No buraco.
Se liga,  é pra lá que você vai também, como todos eles. 
Claro, se fizer o mesmo que eles acreditam.

Você é a média das cinco pessoas em que mais convive..
Se inspire, conquiste novos amigos, busque referências de quem realmente vive pelo próprio sucesso. 
E consequentemente, saiba obter o seu também
Voe, se arrisque, tente o novo ou seja como todo mundo
Faça diferente, seja a diferença que você quer pra tua vida.
E então, resgate teus sonhos, lute por eles e aprecie a vista
Não seja mais vítima do que os outros querem de você
Seja você o protagonista da sua história 
Volte a viver, volte a sonhar, é possível! 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O que eu não quero ser quando eu crescer

(Foto: Állex Leilla)

Figura endeusada, superestimada, altamente cobrada e julgada pela sociedade, confesso. Para muitos, uma super heroína, a mulher mais importante da vida, um bálsamo de segurança e proteção, amor, carinho e cuidado, mas nem sempre.

Karma? Ou sorte, talvez, uma exceção no meu caso... Deve ser fácil viver acomodada, aparecer quando convém, mostrar ao mundo todo uma visão perfeita em frente as câmeras, em declarações públicas. Pode até enganar a si mesma, mas a mim não. 

Nunca se interessou de verdade, a menos que tivesse alguma segunda, terceira ou até mesmo quarta intenção, debaixo de holofotes, é claro. Assim deve ser fácil, até eu queria uma vida simples assim. Ou não...

Fique em paz, você não me ensinou o que deveria, mas eu aprendi o que precisava. Um verdadeiro exemplo de como NÃO SER ASSIM, quando chegar minha vez.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Mar que se faz poesia


Tão natural quanto o nascer do sol, nunca é igual; 
Misterioso como o vento, no agito de uma tempestade;
Ou calmaria de uma brisa leve, intenso e novo ao mesmo tempo;
É o mar que me encanta, o mesmo que me banha e renova as energias.

Como um vício perdido, leva a noite embora e desperta pra um novo dia;
E como presente, volta a fazer sentir aquela paz que vem de dentro;
Te faz sorrir de novo, como ondas que te leva;
E aos poucos, como um riso bobo, vai roubando pra si;

Mar, encantador e apaixonante em ritmo lento e sereno;
Quebra a fronteira no reflexo do pôr-do-sol, unindo céu e mar, mar e areia;
Mundo novo, em fluxo perfeito, passa e fica, leva e traz;
Feito ondas na metáfora da vida que, no horizonte, se refaz em poesia.  

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

2017: Quem testou a esperança do mundo


Não foi o melhor ano da vida, isso pra muita gente;
Desemprego, desafios, mudanças, provas e dificuldades; 
Se fosse pra resumir este ano em uma palavra, eu diria, confusão;
Desde a primeira queima de fogos, uma loucura psicológica, financeira, política, cultural, física, moral, espiritual e pessoal;
Momentos em abismos, a ponto de saltar, mergulhar na escuridão, gritar, fugir, chorar, esperar... Olhar para o céu e respirar, tudo vai melhorar...

Mas quando? Nunca chega e a incerteza parece não acabar;
Sem perspectiva, sem esperança, tudo errado, uma bola de neve que cresce sem rumo;
No final tudo vai dar certo e se ainda não deu, é que não chegou ao fim;
Mas que fim era esse? Um ano eterno, e ao mesmo tempo veloz, uma fagulha de riso e conforto mas também solidão;
Sem motivo, sem explicação, uma montanha-russa em movimento;
Vezes no pico, outras no vale e a maior parte em looping, na velocidade da luz, de cima pra baixo e de ponta cabeça, uma confusão em ciclos viciosos.

Amores proibidos, perdidos, alimentados por ilusões, esperanças e incertezas;
O velho se parte, outros reconstroem, novos surgem...
Constante luta entre razão e emoção, na qual tudo estava em suas mãos;
Chega a vida e bagunça, faz do teu jeito, não te dá escolhas; 
Apenas aceitar, continuar... Não é o momento e nem a hora, seja firme;
Das decepções nascem flores e uma nova chance, comece a viver... HOJE!

Quando a fé é a única certeza que nos resta, ela decide te provar até o último fio de cabelo;
Te tira tudo que ama, destrói teus sonhos temporariamente, só pra ver como reage;
Ainda está firme? Tem certeza? Te bagunço mais um pouco. E agora?
Choro, desespero, falta de perspectiva... Dobro meus joelhos, é só Você que resta;

Pela tua força eu pago, pela sua esperança, ofereço o mundo e tudo que há de melhor; 
Sua fé te salvou, Eu nunca abandonei, estava testando cada movimento;
Hoje abro novos horizontes, conquistas, pois, você merece e dele vou dar;
O ano que pesa, é o mesmo que prova, que das mais fortes tempestades nasce o arco-íris;
Com tuas cores belas e infinitas, reveste cada momento, colore uma nova história;
A cada amanhecer... No piscar dos olhos... A vida pulsa e continua...

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Como transformar a felicidade em rotina


O choro é livre e necessário, os momentos de revolta e tristeza são naturais e sinônimo de aprendizagem. A real questão é a forma como lida com a situação e como faz o momento se reverter a seu favor, o campo de visão a qual permite enxergar. Em toda e qualquer situação é possível encontrar esperança, dependendo do que seus olhos possibilitam ver.

Encontro flagelos de felicidade nos detalhes mais simples, no Bom dia de um amigo, na conversa desenrolada de um estranho na rua, no sorriso de uma criança pendurada na janela do carro, quando paro no semáforo. No abraço de um irmão, em uma oração, na brisa do mar, quando um pingo de chuva me refresca em uma tarde quente de verão, quando as estrelas brilham intensas em noite de céu limpo. Posso ver Deus sorrindo e me abraçando, vai ficar tudo bem.

Ainda que os bens materiais possam trazer uma paz momentânea, permite viagens e regalias, nada se compara à paz de espírito, a mesma que sentimos quando deitamos a cabeça do travesseiro e sabemos que somos amados, se não pelo mundo, mas por quem nos cuida lá de cima. A felicidade não se alcança, não se toca, ela não é comprada, nem mesmo adquirida, nela se vive, e faz viver.

Chuva de novembro


Leva embora sorrisos, traz também soluções;
A mesma que limpa é aquela que cobra qual a próxima rota nas demais estações;
Escolhas são renúncias em estradas bifurcadas;
Alguns caminhos são estreitos, cheios de espinhos e pedregulhos;
Outros são largos, de caminho plano, mas, repleto de armadilhas.

Existem estradas tão longas, que o desejo é dar meia volta, ou sair pela tangente;
Porém o atalho é perigoso, em cordas bambas, prestes a cair;
Chuva forte faz estrago, inundam flores e derrubam árvores;
A mesma água nutre sementes, elimina as nuvens e faz arco-íris no céu;
Como imenso véu,  purifica o mundo e ramificam escolhas, como favos de mel.